sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

NO UMBRAL

                                                 
                                                  NO UMBRAL                                                           
 MEU FILHO JAGUAR,
SALVE  DEUS !
 Esta cartinha é para a sua individualidade, é para que se lembre que estou aqui, sem poder sair, porém saudosa e me preocupando com você.
            Filho: Estamos vivendo a moderna vida doutrinária, nos limites de nossas forças. Sim, filho, movimento espontâneo das almas, desta era para o 3 O milênio!  Não se deixe confundir, filho, nem por mim nem por ninguém.  Viva onde seu coração sentir expansão, sem conflito!  Não se nivele aos aliciadores - não responda e não se exalte.  Não se preocupe, porque cada um prestará contas somente a DEUS, que é sua própria consciência - o que é o mesmo.
            Pai Joaquim sempre me pergunta:
            _ Como vai sua obra orgânica ?
            Sim, filho, vamos procurar a sintonia com as nossas coisas mais sagradas, sempre melhorando, e você melhorando o seu ALEDÁ.
            O motivo desta carta foi uma “viagem” que eu fiz.
            Todas as madrugadas eu faço o seguinte juramento:
            _ Jesus! Arranque meus olhos no dia em que, por vaidade, eu tentar enganar os que me cercam, quando desesperados, me procurarem. Serei sábia, porque viverás em mim !
            Filho, como sabe, Deus permitiu que eu tivesse o que é meu, um cantinho nas imediações dos UMBRAIS, no lugar chamado PONTA NEGRA. Eram três horas da madrugada, e eu ali estava, inquieta, como se alguma coisa estivesse para acontecer.
            Realmente, não demorou muito e apareceu uma mulher que se debatia com três ELÍTRIOS, gritando:
            _ Oh, meu Deus !  De onde vieram estes bichos horríveis ?
            Vi quando chegou alguém, e ela, sofrida, contava a sua história. Nisso, chegou PAI JOAQUIM DAS ALMAS, que me assiste em minhas viagens em outros planos. Pedi-lhe a benção e que me explicasse o que se passava com aquela mulher.
            _ Essa mulher - explicou-me ele - amava um homem e por ele foi amada, no amor da afinidade das almas afins. Porém, o seu amor era obsessivo. Ele se evoluiu, enquanto ela não aceitava as coisas que aconteciam. Ele era um pobre homem, sem luz mas era um JAGUAR e ela também.
            _ Então, eles eram felizes e o VALE os separou ? - perguntei
            _ Filha, a missão é do missionário !  O JAGUAR não é espírito resignado. Em seu peito palpita a esperança e ele vive a buscar, a conhecer o alto, os sentimentos. Filha! a esperança é uma planta que revive em nosso SOL INTERIOR.  Essa  mulher era esposa de um Mestre Jaguar. Amavam-se muito, porém o JAGUAR tem o seu destino traçado pela DOUTRINA.  Apesar do amor, ela não confiava nele e, ainda assim, não o acompanhou. O pobre Amaro vivia sob o jugo de Marta e ela o caluniava, destruindo seus momentos felizes. Quando chegou à doutrina, Amaro lançou-se a ela com amor e dedicação, trocando suas tardes de acusação e cenas de ciúmes pela realização no trabalho doutrinário. O Jaguar do Amanhecer, lembre-se, é o trabalhador da última hora, é o homem designado à condução de povos. Sua companheira é responsável, também, pela mesma missão.  Amaro, cansado das eternas acusações de infiel e mau caráter, não agüentou mais: Abandonou Marta e foi seguir a sua missão. Ela, que jamais imaginara que isto aconteceria um dia, sempre procurando motivos para o magoar, sentiu-se perdida. E se suicidou, deixando uma carta acusadora, tentando, neste último gesto, criar uma situação pior para Amaro. Ela até se esquecera que a própria família dela o entendia e ficava ao seu lado. Tanto assim que, naquele dia, ele não fora ao VALE e sim, almoçar com os pais de Marta, que o adoravam.
            E  eu  que  pensara que ela estava chegando!  No entanto, já estava há três meses. . .  Fiz uma prece e formei o meu IABÁ. Imediatamente, os ELÍTRIOS  a libertaram, voltando para Deus. Sua passagem foi tão ligeira que nem houve tempo de recuperação. Por que se foram tão facilmente ? É tão difícil conjugar a vida em dois planos. . .
            _ Sim, filha - continuou Pai Joaquim - Olha quem está chegando!
            Era EUNÓBIO, acompanhado de um ÍNDIO muito bonito. Pedi a benção a Eunóbio, que me disse ser o índio a alma gêmea de Marta.
            Por que julgar ? Por que tentar mudar as criaturas ?
            Compreendi que Marta e Amaro haviam completado o seu tempo na terra. Como é perfeita a essa criação!  Mais uma vez repito:
 COMO É DIFÍCIL JULGAR OS NOSSOS SENTIMENTOS DE VIDA E MORTE !
                                                          COM CARINHO, A MÃE EM CRISTO JESUS,
                                                                             TIA  NEIVA
 VALE DO AMANHECER, 11 DE JULHO DE 1983

Um comentário:

  1. essa mensagem nos fortalece para uma caminhada mais tranquila com mais sabedoria

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